Você consegue lembrar do que estudou na hora da prova? Descubra a importância da revisão nos estudos e como o cérebro memoriza.

Se você está estudando para concurso público, com certeza já se perguntou como fazer para se lembrar de tudo o que estudou na hora da prova. Ter problemas com a memorização está entre as maiores queixas dos concurseiros.

Neste texto, você vai entender como o nosso cérebro faz para memorizar e qual a melhor maneira de se lembrar do que você estudou.

Para lembrar do que estudou na hora da prova: revisão e memória

A revisão é um dos pontos fundamentais na preparação de alto nível para concurso público. E ela está diretamente relacionada a outro fator muito importante: a memória.

Muitas pessoas que estudam para concurso público não entendem a importância de fazer uma boa revisão. E, por isso, não dão a ela a atenção devida. Quem não revisa não conquista a aprovação. Isso porque estudar para concurso público é totalmente diferente da maneira como se faz na escola — que você estuda nesta semana e na outra já faz a prova.

Veja como fazer uma revisão ativa neste artigo!

O concurso público pode demorar meses ou anos para sair. Então, você estuda agora determinada matéria ou conteúdo, mas vai fazer a prova muito tempo depois. Por isso é importante fazer muitas revisões ao longo desse tempo — e fazer da maneira correta. Caso contrário, você não vai se lembrar de nada do que estudou no dia da prova.

É muito comum ouvir entre os concurseiros queixas como: “Me dá branco na hora do simulado!” ou “Eu estudo e não me lembro de nada”. Inclusive muitas pessoas realmente acreditam que têm algum problema de memória. Mas, na realidade, ou elas não estão revisando, ou estão fazendo isso de maneira completamente errada.

Como nosso cérebro memoriza

O nosso cérebro memoriza por meio de 3 fatores.

lembrar do que estudou na hora da prova? nosso cérebro memoriza por 3 fatores

Emoção

Antes de mais nada, o nosso cérebro sempre vai tentar memorizar uma informação que nos tenha causado certo impacto — positivo ou negativo. Uma situação de medo ou pânico, ou uma coisa engraçada, por exemplo. As emoções são, de fato, fundamentais para que o nosso cérebro memorize uma informação. São elas que indicam se o conteúdo foi relevante.

Dessa forma, quando o seu estudo é muito monótono, passivo — sem emoção —, você tende a não se lembrar do conteúdo. Por exemplo, você está lendo um PDF de 100 páginas, todas iguais, sem qualquer destaque ou imagem. A tendência é que seu cérebro receba aquelas informações como se fossem todas iguais, assim será muito mais difícil fazer com que ele as memorize.

Por isso, muitos professores oferecem exemplos engraçados, ou até utilizam piadas para explicar o conteúdo. Justamente para gerar uma emoção no aluno e ajudá-lo a memorizar mais facilmente.

Repetição

Outra coisa que faz o cérebro memorizar uma informação é a repetição. Ou seja, a quantidade de vezes que tivemos contato com ela ao longo do tempo. Sendo assim, uma informação a qual você teve contato apenas uma vez na vida e depois nunca mais viu tem grande chance de ser esquecida pelo seu cérebro. 

Já uma informação com a qual temos contato várias vezes ao longo do tempo tem mais chance de ser entendida como relevante pelo nosso cérebro, por isso torna-se mais fácil memorizá-la. No entanto, é preciso tomar cuidado também para que determinada informação não esteja sempre disponível. Nesse caso, a tendência é que seu cérebro entenda que ela não precisa ser memorizada — uma vez que está sempre ali.

A repetição, ou seja, a quantidade de vezes que temos contato com certa informação é muito importante. Mas é preciso que essa repetição aconteça no momento certo, ou seja, quando estamos começando a esquecer a informação. Ter o momento ideal para fazer a repetição vai mostrar para o cérebro que aquele conteúdo é relevante e precisa ser memorizado. 

Associação

A associação é outro fator por meio do qual o nosso cérebro memoriza um certo dado. Basicamente você vai associar a informação nova (que precisa ser memorizada) com outra que você já tem na memória. Isso pode ser feito por meio de mnemônicos, imagens, e cores, por exemplo.

Por isso, alguns professores explicam certos tópicos utilizando o ritmo de uma música conhecida. Dessa forma, fica muito mais fácil para o aluno memorizar. Você une a informação nova com um ritmo já memorizado. Em resumo, é assim que a associação funciona.

O que fazer na prática para lembrar do que estudou na hora da prova?

Já falamos um pouco sobre a importância de fazer uma revisão — e fazê-la da melhor maneira. Revisar não é tentar recolocar uma informação na cabeça, mas tentar resgatar ativamente determinada informação e trazê-la à tona.

A informação já está no seu cérebro, uma vez que você já a estudou e teve contato com ela. Por isso, na hora de revisar, você não vai tentar recolocá-la no cérebro por meio de releitura, videoaula ou consulta do material. O ideal é forçar o seu cérebro a resgatar tal informação e aplicá-la. O aluno pode fazer isso respondendo questões, formulando uma explicação ou escrevendo sobre o assunto, por exemplo. Isso é revisar de maneira ativa, e não reler um material ou reassistir uma videoaula — que são formas passivas.

É a mesma coisa de você precisar fazer o mesmo trajeto de carro todos os dias e nunca abrir mão do GPS. Assim, você não vai prestar atenção no caminho e não vai memorizá-lo. Mas se você usa o GPS apenas na primeira vez e depois, nas próximas, você força o seu cérebro a se lembrar — e usa o GPS somente para consultar onde errou —, a tendência é que na terceira vez você já saiba fazer o caminho de cabeça.

Nessa analogia é como se o GPS fosse o seu material; e o trajeto, a sua revisão. O ideal é você fazer de tudo para lembrar o conteúdo de memória e consultar o material apenas em algum ponto muito específico do qual tenha se esquecido.

Conclusão

Em resumo, o nosso cérebro memoriza com base em três fatores — emoção, repetição e associação. Sendo assim, você vai precisar utilizá-los nas suas técnicas de revisão, a fim de se lembrar do que estudou na hora da prova.

Lembrando que revisar não é tentar recolocar uma informação na sua cabeça, mas tentar resgatá-la por meio de técnicas ativas, forçando o seu cérebro a trazer as informações à tona.

Se você entender esses conceitos e começar a praticá-los, você não vai mais ter problemas com a memória nos estudos. Você vai se lembrar muito mais das informações, o que te levará a acertar mais questões nos simulados e, por fim, alcançar o seu grande objetivo: a sua aprovação no concurso.